sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana porque Cristo, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.


Quinta-feira Santa
Com a celebração da Ceia do Senhor, começa o tríduo pascal. São três dias que o Santo Padre apelidou de “centrais da liturgia”, porque “propõem o mistério da paixão morte e ressurreição do senhor”. Durante a ùltima Ceia, Jesus ofereceu o dom da eucaristia e o gesto do lava-pés surge como a chave para compreeender que a vida do discípulo é vida de serviço.No entanto, antes que cada sacerdote celebre com a sua comunidade a última ceia e o lava-pés, é chamado à Sé, para que renove a comunhão com o seu bispo, na Missa Crismal. É lá que recebem os óleos, que serviram para ministrarem os sacramentos, durante o novo ano litúrgico.Esta celebração é por excelência o encontro do Pastor diocesano com os seus discípulos.

Lava pés - Na Eucaristia da tarde da Quinta-feira Santa, imitamos o gesto que Jesus fez na ceia da despedida, dando aos seus discípulos uma lição de serviço por parte daquele que, no grupo, tem a autoridade. «Eu vim para servir, não para ser servido». E na cruz entregou-se totalmente. Mas antes quis fazer este gesto simbólico, agora repetido pelo Papa, pelos Bispos e pelos párocos nas suas comunidades. Porque eles devem ser sinais vivenciais de Cristo entregue aos outros.

Sexta-feira Santa

A Sexta-feira Santa é o dia da morte do Senhor na Cruz. Com os altares desnudados, a Celebração da Paixão desenrola-se em 3 partes: A proclamação da palavra, apresentação e adoração da Cruz e a distribuição da comunhão. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal: pela morte à vida.

A Cruz - Na Sexta-feira Santa, depois de escutarmos o relato da paixão, fazemos um gesto muito significativo: perante a apresentação da Cruz, aclamámo-la e aproximamo-nos pessoalmente para a adorar como sinal da nossa gratidão pelo que Jesus fez por nós entregando-se à morte de cruz, reconciliando-nos assim com Deus.

Sábado Santo

Para o cristão, esta é “a celebração das celebrações”, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”.

O Círio e as velas - Do fogo aceso à porta da Igreja acendemos o Círio, que ficará aceso nas celebrações das sete semanas de Páscoa. O Círio é símbolo de Cristo, Luz do mundo. Entramos na igreja seguindo esse Círio, aclamando-o [«A luz de Cristo»]. Mais ainda, a partir desse Círio que representa Cristo, acendemos as velas que cada um transporta. É um símbolo muito expressivo de que a Páscoa de Cristo tem que ser também a nossa Páscoa pessoal, estando todos chamados a participar da sua luz e da sua vida.

Água Baptismal - A noite de Páscoa é o momento indicado para a realização dos baptismos e para que cada um recorde o seu próprio Baptismo. O Baptismo é o sacramento em que radicalmente nos incorporamos na vida de Cristo e participamos na sua morte e ressurreição. Por isso se faz a aspersão da água sobre todo o povo e renovamos as promessas baptismais.

É o Senhor quem nos convida a celebrar a sua Páscoa!Assim ouviremos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida levanta-Se triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição! Nada, pois, mais necessário do que viver em intensidade estes dias sagrados e abrir os corações às inspirações divinas. Então a Páscoa será abençoada e sinal de novas conquistas e de vida plena para todos.
Participemos nestes importantes dias em que celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Santa e Feliz Páscoa em Cristo Ressuscitado!

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